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Por dentro do Psicodelia Baixo Astral (PBA)

Foto do escritor: Joice Cruz JatobáJoice Cruz Jatobá

O coletivo Psicodelia Baixo Astral, que se oficializou através do perfil no instagram @psicodeliabaixoastral em 2024, desponta no horizonte da autocrítica do campo “pCIScodélico” como um grupo que questiona a perpetuação das estruturas de poder e opressão nessa esfera.


O grupo é composto pela psicóloga e doutoranda Julia Bueno, o sociólogo Pietro Benedito, o doutorando em Saúde Coletiva Luis Felipe Valêncio, a pedagoga e mestre em Educação, Cultura e Subjetividade Renata Reis Genuíno e a biomédica Joice Cruz, mestranda em Neurociência e Cognição pela UFABC, que também faz parte do grupo ICARO e do CP.



O PBA nasceu dos desconfortos de quem estuda e trabalha com psicodélicos, e de quem vivencia a realidade material desse campo diferentemente dos sujeitos considerados neutros/universais — ou seja, aqueles que se encaixam no sistema cis-heteronormativo, patriarcal e capitalista, como explicitou a psicóloga Julia Bueno em evento recente promovido pelo grupo ICARO na Unicamp.


“Nossos corpos chegam aos lugares antes da gente, e são marcados por transfobia, homofobia e racismo, que impedem que tenhamos experiências de prazer com tanta tranquilidade”, pontuou o coletivo.


O grupo se apresenta atualmente através de conteúdos informativos nas redes, aulas abertas, participações em eventos e em ações da sociedade civil. Aos ventos futuros, o PBA reserva novidades como cursos e uma nova plataforma de interação. Tudo com aquele baixo astral de sempre. (Hihi)


O PBA parte das práticas e teorias da redução de danos antiproibicionista, se debruçando sobre o racismo da guerra às drogas e problematizando propostas terapêuticas que ignoram violências estruturais. Para o coletivo, não há como sonhar com um mundo livre sem “cutucar” radicalmente a estrutura racista e colonial da política de drogas.


“A gente não consegue ser alto-astral nem tentando muito, e acreditamos que a resistência do campo demonstra seus preconceitos e violências.”

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